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Em Assembleia, Simted de Amambai define próximas ações, após propostas enviadas pelo Executivo

Mais uma vez, a Prefeitura de Amambai informou que não é possível fazer o pagamento do piso exigido aos profissionais da educação básica, mas propõe novo projeto de lei de valorização da categoria

Após reunião realizada pela Prefeitura de Amambai, o Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (SIMTED) realizou uma assembleia com filiados para definir os próximos passos da luta pelo pagamento do piso no município. O encontro da diretoria foi realizado no dia 13 de outubro no salão de eventos do sindicato.

Desde o início do ano, a categoria negocia com administração municipal para que a Lei 11.738/2008 seja cumprida em Amambai. O Mec divulgou o reajuste do piso em 33,24% a partir de 1° de janeiro de 2022. Para os profissionais de educação de Amambai atingirem o piso nacional é necessário o pagamento de 26,24% sobre os vencimentos do magistério e esta tem sido a luta dos professores da rede municipal.

Conforme foi repassado na assembleia, o prefeito de Amambai disse, novamente, que não há possibilidade de ser realizado o pagamento do piso exigido pela categoria no momento, mas apresentou uma nova proposta, a do Projeto de Lei de Valorização dos Profissionais da Educação, que objetiva o incremento salarial de 2% nos meses de outubro dos anos de 2022, 2023, 2024, 2025 e 2026, totalizando 10%.

Os filiados presentes foram favoráveis à proposta apresentada pelo executivo, desde que se inclua artigo no projeto de lei dispondo que será como início do plano para integralização do piso nacional para 20 horas.

A presidente do SIMTED, Erli Fernandes, enfatizou que este plano de valorização profissional apresentada não tem relação com o pagamento do piso e que a luta continuará.

Outra pauta que entrou em debate na assembleia foi com relação a proposta do executivo de alterar a data base de revisão geral anual do pagamento de março para janeiro.  A categoria votou contra, pois entende que o piso nacional é o mínimo que um professor deve receber e a revisão geral é a reposição da inflação sendo que se a data base for alterada para a mesma data da concessão do piso nacional poderá haver confusão e maiores discussões no pagamento.

A Luta continua

De acordo com a presidente do SIMTED, Erli Fernandes, os professores, ao votarem as propostas durante a assembleia, entenderam as dificuldades momentâneas do executivo e qualquer mobilização realizada neste momento somente irá prejudicar os alunos da rede municipal que já vem com defasagem devido a pandemia do covid-19.

“Como houve um comprometimento do prefeito no tocante a priorização do servidor público para o próximo ano decidiu-se aguardar novas negociações sem paralisar suas funções.”, informou.

Quanto ao não pagamento do piso nacional dos profissionais da educação neste ano de 2022 os filiados no sindicato, presentes na assembleia, acharam por bem aguardar até o final do ano para verem se ocorre uma melhora na arrecadação do Município, haja vista que o Prefeito de Amambai comprometeu-se em, havendo aumento, chamar o Sindicato para nova rodada de negociação.

O Sindicato decidiu propor a ação judicial para a cobrança do piso. “Caso haja proposta do executivo para o pagamento do piso, nós vamos suspender o processo judicial”, acrescentou Erli Fernandes, destacando que, independentemente da decisão tomada nesse momento, as lutas pela educação devem continuar.