vitória do Fluminense dá moral, e cicatrizes recentes trazem cautela com vantagem para o jogo final

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A vitória do Fluminense sobre o Flamengo por 2 a 0, na última quarta, no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, não se trata apenas de uma grande vantagem que aproxima o Tricolor de um troféu que não aparece nas Laranjeiras há 10 anos. Repetindo a analogia de Abel Braga durante a coletiva após o duelo, o resultado vem para cicatrizar as feridas abertas das últimas partidas, especialmente a eliminação para o Olimpia e a derrota para o Botafogo no último domingo.

E as feridas podem até fechar, mas as marcas das cicatrizes permanecem para que a dor não seja esquecida.

Germán Cano comemora o segundo gol sobre o Flamengo no primeiro jogo da final do Carioca — Foto: André Durão/ge

Germán Cano comemora o segundo gol sobre o Flamengo no primeiro jogo da final do Carioca — Foto: André Durão/ge

Para o duelo, Abel Braga não insistiu nos times que foram mal na semifinal do Carioca e escolheu entrar com Yago Felipe no lugar de Martinelli. Ganso também foi titular, com o objetivo de suprir a recorrente necessidade de um homem que trouxesse mais criatividade ao meio-campo tricolor. Na prática, o camisa 10 não conseguiu mostrar em campo o que se esperava.

– O Ganso foi até onde podia, o correto era colocá-lo depois, mas eu senti tanta vontade nele, que falei “vou colocar”. Sabia de antemão que ele não ia aguentar, e falei: “Por favor, no momento que não suportar, avisa”. Não posso ficar num jogo com um jogador que não está suportando o ritmo. Porque o ritmo do primeiro tempo foi muito forte, nós tivemos que correr para segurar aquela impetuosidade do Flamengo – disse Abel na coletiva.

“Próximo jogo vai ser mais difícil , temos que jogar com a faca nos dentes. A gente sabia que tinha que recuperar a confiança que perdida no jogo contra o Olimpia”, sacramenta Cano.

Em busca do título do Campeonato Carioca, o Fluminense encara o Flamengo no sábado, às 18h (de Brasília), no Maracanã, e pode ser campeão perdendo por um gol de diferença. Caso o Flamengo vença por dois gols de diferença, a disputa será nos pênaltis.

Análise: por que o São Paulo teve a melhor atuação da temporada e está próximo do bi paulista

 

Um passo fundamental para a consagração definitiva, logo na melhor noite da temporada. O São Paulo repetiu as melhores qualidades apresentadas durante esta evolução do trabalho de Rogério Ceni e parou a melhor equipe da América do Sul, o bicampeão da Libertadores.

Com intensidade do início ao fim, ritmo vertical e uma atmosfera favorávelo Tricolor fez 3 a 1 no Palmeiras e se aproximou do bicampeonato do Paulistão.

Semana a semana, o São Paulo se apresenta melhor. Mesmo com uma sequência de jogos desgastante, a equipe se sustenta fisicamente e consegue encarar de igual para igual (e ganhar) do principal time do continente desde o ano passado.

Calleri anotou dois gols na decisão diante do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Calleri anotou dois gols na decisão diante do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

O símbolo desta competitividade está em Jonathan Calleri. O argentino brigou e incomodou durante toda a partida a dupla Gustavo Gómez e Murilo. O camisa 9 ganhou a maior parte das disputas individuais e ainda anotou dois gols, novamente mostrando o quanto é decisivo para este time.

Repetindo o roteiro dos últimos jogos, os jovens de Cotia novamente sobraram fisicamente contra os adversários. Igor Gomes, ainda mais participativo no ataque, fez uma das melhores atuações pelo clube nos últimos meses. Rodrigo Nestor deu nova assistência, enquanto Pablo Maia novamente balançou as redes.

Pablo Maia comemora o segundo gol do São Paulo com Rafinha — Foto: Marcos Ribolli

Pablo Maia comemora o segundo gol do São Paulo com Rafinha — Foto: Marcos Ribolli

Um São Paulo intenso e muito preparado para os duelos físicos apareceu na noite de quarta-feira. O ritmo forte com e sem a bola novamente foi fundamental para o Tricolor dominar um adversário superior, principalmente pela longevidade do trabalho de Abel Ferreira.

Em casa, com mais de 60 mil apoiando, Ceni fez a equipe se impor. Era constante a cena de Léo e Diego Costa com a posse de bola no campo de ataque, empurrando o rival e ao mesmo tempo mantendo a compactação da equipe.

Rogério Ceni pode contar com o retorno de Arboleda para a decisão no Allianz Parque — Foto: Marcos Ribolli

Rogério Ceni pode contar com o retorno de Arboleda para a decisão no Allianz Parque — Foto: Marcos Ribolli

Rogério Ceni e comissão técnica terão três dias de preparação antes da decisão no Allianz Parque, marcada para domingo, às 16h (de Brasília).

Neste período, o treinador deve contar com os retornos de Robert Arboleda e Moreira, desfalques neste primeiro jogo após servirem as respectivas seleções na Data Fifa.

Quem deve ficar fora é Gabriel Sara, ainda em recuperação de uma entorse no tornozelo.