sexta-feira, maio 17, 2024

Riedel enviará helicóptero para ajudar no resgate de vítimas no Rio Grande do Sul

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O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), enviará um helicóptero para auxiliar as operações de resgate da população do Rio Grande do Sul, que está em calamidade pública devido às fortes chuvas que atingem o estado há cerca de uma semana.

O anúncio da ajuda foi feito por Riedel nesta quinta-feira (2), durante abertura do Simpósio Justiça Desportiva Brasileira no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS).

Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, divulgado na manhã desta quinta-feira, ao menos 13 pessoas já morreram em todo o estado devido às consequências das chuvas intensas, 21 estão desaparecidas e mais de 44,6 mil pessoas já foram de alguma forma afetadas em todo o estado.

O número de desalojados já passa de 5.250, enquanto os que tiveram que buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais chegam a 3,07 mil.

Conforme Riedel, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, juntamente com o comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, coronel Frederico Reis Pouso Salas, está em contato com o gabinete de crise do Governo do Rio Grande do Sul para prestar todo o apoio necessário.

“Desde ontem, estamos conversando com o governador gaúcho, Eduardo Leite, oferecendo todo o apoio necessário que o estado do Rio Grande do Sul demandar ao Mato Grosso do Sul. Nós já estamos enviando hoje um helicóptero para o apoio e guarnições de salvamento e resgate”, disse Riedel.

“O Mato Grosso do Sul está à disposição dos irmãos gaúchos e, neste momento, termos que ser solidários e apoiá-los incondicionalmente naquilo que for preciso, estendo a mão. Contem com o Mato Grosso do Sul”, acrescentou.

Calamidade

Chuvas causaram alagamentos e desabamentos no Rio Grande do SulChuvas causaram alagamentos e desabamentos no Rio Grande do Sul (Foto: Divulgação / FAB)

Nessa quarta-feira (1º), o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública em todo o estado por causa das fortes chuvas que atingem o estado desde o dia 26 de abril.

A medida estabelece que os órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

O decreto é válido por 180 dias e não impede que o governo estadual reconheça (homologue) decretos de calamidade pública declarados pelas prefeituras.

Até o momento, 134 municípios já reportaram prejuízos e danos à infraestrutura decorrentes de alagamentos, transbordamento de rios, deslizamentos ou outras consequências das chuvas e da cheia de rios.

O decreto de estado de calamidade pública é o reconhecimento legal, pelo Poder Público, de uma situação anormal, provocada por desastres, e que causa sérios danos à comunidade afetada, inclusive à segurança e/ou à vida das pessoas.

O texto classifica a situação como um desastre do nível III, ou seja, de grande intensidade. O que significa que os danos já são vultosos, embora suportáveis e superáveis caso as comunidades e órgãos e entidades públicas estejam devidamente informadas, preparadas e mobilizadas e haja o necessário aporte de recursos financeiros.

O decreto também permite ao governo adotar medidas administrativas para agilizar o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais.

Chuva no RS: barragem se rompe e eleva alerta para cidades da Serra Gaúcha

Governador Eduardo Leite pediu que população busque áreas de segurança

Registro da barragem 14 de Julho, no RS ( Divulgação/Companhia Energética Rio das Antas)

O governador do Rio Grande do Sul informou no início da tarde desta quinta-feira, 2, que parte da Barragem 14 de Julho, entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves, se rompeu. O alerta foi feito pelo governador Eduardo Leite (PSDB), que foi às redes sociais comunicar a informação à população e pedir que a população da região busque áreas de segurança.

Segundo Leite, o rompimento ocorreu na ombreira direita, que é uma estrutura lateral onde a barragem se apoia. “A gente buscou fazer todo o trabalho possível para evitar rompimento, mas não conseguimos ter o acesso nem com os helicópteros para levar técnicos”, pontuou o governador.

“Esse rompimento vai ter um efeito de resposta hidrológico, ou seja, de elevação do nível do Rio Taquari e da bacia do Rio das Antas. Então, é importante trazer essa notícia para vocês. Mais uma vez, eu insisto, é uma situação dramática que nós recebemos. Pior do que qualquer quadro que nós pudéssemos ver anteriormente E que precisa que todos se coloquem em situação de segurança”, alertou Leite.

O prefeito de Muçum, Mateus Trojan (MDB), que teve sua cidade totalmente submersa pelas águas do Taquari, fez um apelo à população.

“Acabamos de receber informação do governo do Estado, do rompimento da barragem 14 Julho de Cotiporã. Isso vai causar uma elevação nos rios, das águas, de forma bastante acelerada. Eu peço encarecidamente, para todas as pessoas que estejam próximas da área de inundação que, por favor, saiam de perto, subam, saiam da área de perigo, para a gente não ter nenhum tipo de catástrofe maior do que a gente já está tendo”, disse o prefeito

Mortes no Estado chegam a 13

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública após 134 municípios gaúchos terem sido afetados pelas chuvas intensas. A medida foi publicada na noite de quarta-feira de feriado, 1º, em edição extraordinária do Diário Oficial.

O total de mortes registradas pelos temporais subiu para 13 mortos na manhã desta quinta-feira, 2, além de 21 desaparecidos. A previsão é de que a precipitação forte siga para Santa Catarina nos próximos dias.

Segundo o governador, este deve ser ‘o maior desastre’ climático já enfrentado pelos gaúchos e o Rio Taquari, um dos principais do Estado, atinge a maior elevação da história.

Na quinta-feira, 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou para o Rio Grande do Sul, onde se reuniu com Leite. No encontro, como uma medida emergencial, ficou decidida a criação de uma Sala de Situação Integrada, sob coordenação do comandante militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento, para organizar as operações de resgate em todas as regiões atingidas.

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