Santa Catarina continua testando a qualidade da água de suas praias e também se surpreendendo negativamente. Na 5ª feira (02.jan) foi a vez de Balneário Camboriú. Dos 10 pontos analisados, quatro apresentaram nível máximo de coliformes fecais, conforme o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarian (IMA). São as áreas próximas das ruas 1400, 3000, 3500 e 4000. Os outros seis pontos, mesmo não tendo atingido o nível máximo, também são impróprios: ruas 51, 1001, 2000, 2500, 4900 e Pontal Norte.
A resolução 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) diz que um ponto é considerado impróprio para banho quando em mais de 20% das amostras coletadas durante cinco semanas, houver mais de 800 Escherichia coli por 100 mililitros, ou quando, na última coleta, o resultado for superior a 2.000 Escherichia coli por 100 mililitros. No caso dos quatro pontos em nível máximo, foram identificadas uma concetração de 24.196 para cada 100 mililitros.
Em relatório, o IMA alerta que a identificação de coliformes fecais representa “ambiente suscetível à presença de outros patógenos que podem levar a doenças como gastroenterites e viroses e outras mais graves, mas menos comuns, como hepatite, cólera e febre tifoide”.
Em defesa, a Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) disse em nota que a última análise foi feita em condição desfavorável: uma falta de compromisso com a real condição do mar. Isso porque, no dia escolhido, chovia muito. “Durante praticamente todo o ano de 2022, tanto as Praias Agrestes como a Praia Central apresentaram balneabilidade positiva em todos os pontos analisados pelo IMA. Foi a partir do fim de novembro, quando a região teve médias altíssimas de chuva em curto espaço de tempo, que as nossas praias e outras do litoral de SC sofreram com o reflexo das fortes chuvas”.
