Muitas mulheres que estão amamentando acreditam que não precisam se preocupar com uma nova gravidez. Isso acontece porque durante a amamentação é comum que a mamãe fique sem menstruar. Normalmente, isso ocorre por cerca de quatro a cinco meses, mas em alguns casos pode se estender para até um ano.
“O hormônio que produz o leite, a prolactina, também inibe a menstruação da lactante”, afirma o mastologista Anastasio Berrettini, Especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia. Esse hormônio contribui para que as mulheres que alimentam o bebê apenas com leite materno tenham menos chances de engravidar; já que para isso ela precisa produzir mais leite e consequentemente mais hormônio. Mulheres com alta produção de prolactina teriam uma probabilidade em torno de 2% de engravidar, enquanto amamentam.
Mesmo assim, é necessário continuar usando métodos contraceptivos. Até porque não existe uma regra de que a lactante não ovula, quando amamenta. Além disso, a medida em que começamos a introduzir novos alimentos na rotina do bebê, a produção da prolactina diminui e a mulher passa a ovular.
A mamãe também pode ficar atenta aos sinais do corpo para saber se está ovulando. Aumento da libido, maior umidade vaginal e a presença de um muco semelhante a clara de ovo são alguns dos indícios. Alguns bebês também acabam percebendo que a mãe está grávida, antes mesmo que ela se dê conta. Isso acontece porque o sabor do leite muda e o pequeno pode estranhá-lo.
Quando a mulher engravida novamente enquanto amamenta é fundamental que ela informe o médico. Apenas o profissional que acompanha essa mamãe de perto poderá indicar se a amamentação deve ou não continuar. “Para as lactantes o que é preconizado são pílulas a base de progesterona porque elas não interferem na qualidade ou quantidade do leite. As versões com estrogênio são contraindicadas porque diminuem a quantidade de leite materno”, explica Berrettini.
Por Kelly Ferreira
