Moro, líder do PSDB e senadores do PSD anunciam apoio a Rogério Marinho

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O movimento contrário à recondução de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a presidência do Senado aumentou. E vai de nomes de congressistas eleitos pela primeira vez, como o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União-PR), a senadores com uma trajetória política mais longa, como o líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF). Ambos anunciaram apoio público a Rogério Marinho (PL-RN), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e principal opositor a Pacheco na eleição desta 4ª feira (1º.jan).

 

“Meu voto será a favor da oposição firme ao governo do PT. Sou contra radicalismos e a favor de uma alternativa democrática”, escreveu Moro em uma publicação compartilhada em rede social nesta 3ª feira.

Izalci, por sua vez, entrou na campanha por Marinho e disse que o movimento vai transformar “nossa Casa e o Brasil para melhor”. Por comandar o grupo de tucanos no Senado, o movimento pode ser visto como um indicativo de votos por outros congressistas da bancada. O PSDB conta com cinco senadores na atual Legislatura ? nenhum novo nome do partido venceu as últimas eleições ao Senado. O tucano Alessandro Vieira (SE) também seguirá Izalci.

Além dos parlamentares do bloco PL, PP e Republicanos, o grupo de Marinho conta com ao menos três votos de senadores do PSD de Pacheco: Nelsinho Trad (MS), Lucas Barreto (AP) e Samuel Araújo (RO). Os correligionários do atual presidente anunciaram oposição citando posições políticas e acenos às bases eleitorais.

“Minhas posições políticas sempre foram muito claras, por isso, juntamente com outros colegas Senadores do PSD, decidi apoiar o Senador Rogério Marinho à presidência do Senado Federal”, escreveu Lucas Barreto.

Apoio a Pacheco

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta garantir a reeleição de Rodrigo Pacheco no comando do Senado. Atrasado nas negociações, o governo assistiu ao crescimento da candidatura de Marinho, ex-ministro de Bolsonaro. Entre os membros do governo que atuam por Pacheco está a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) e a formalização do partido — com exceção da senadora Ivete da Silveira (MDB-SC)

Há também expectativa para que senadores eleitos e que assumiram ministérios, como Flávio Dino (PSB-MG), na Segurança Pública, deixem o cargo momentaneamente para votar em Pacheco na votação desta 4ª.

A eleição do Senado ocorre na tarde desta 4ª feira (1º.jan). Durante a manhã, 27 senadores eleitos tomarão posse dos cargos e voltam, junto aos que ainda seguem mandatos, para definir o novo comando da Casa.

Governo entra na briga pelo comando do Senado; na Câmara, Lira é favorito

Nesta 4ª feira (1º.fev), ocorre a primeira disputa política do ano: a eleição dos presidentes do Congresso Nacional. No Senado, a disputa está acirrada entre o atual presidente Rodrigo Pacheco, apoiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e o senador eleito Rogério Marinho, que foi ministro de Jair Bolsonaro e é do mesmo partido dele, o PL. Pacheco passou o dia em reuniões na residência oficial. Marinho visitou lideranças, gabinetes no Senado e disse acreditar na vitória.

Na Câmara, Arthur Lira é favorito para seguir na Presidência. Por lá, os corredores estão vazios. As articulações tem sido, principalmente, a portas fechadas na residência oficial. Apesar de ter sido aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Lira fez uma boa articulação com o atual governo para aprovar a proposta que garantiu recursos para pagamento do Bolsa Família, no final do ano passado. Lira terá apenas um concorrente, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ).

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, apontou indícios de omissão de autoridades para com indígenas yanomamis e determinou o início de uma investigação para apurar possível genocídio cometido por autoridades do governo de Jair Bolsonaro (PL). O pedido de Barroso foi direcionado à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Ministério Público Militar e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.