MDB e PT disputam apoio do PSDB por uma vaga de senador

0

Depois do fracasso na disputa para governador nas eleições de 2022, o MDB admite a hipótese de apoiar a reeleição de Eduardo Riedel (PSDB) em 2026, se uma vaga de senador ficar com o ex-governador André Puccinelli. Só que o PT também está de olho nessa vaga para o deputado federal Vander Loubet.

As conversas da cúpula petista com o ex-governador Reinaldo Azambuja e Riedel estão bem avançadas, e o PT leva vantagem por ter apoiado Riedel no segundo turno das eleições, enquanto André ficou com Capitão Contar (PRTB).

Publicamente, dirigentes dos dois partidos não vão falar abertamente sobre o assunto. As conversas do MDB com os tucanos sobre 2026 ainda estão no início, porque vai depender muito do resultado das eleições municipais.

O MDB sabe disso e, por isso, não vê mais sentido em ficar sem candidato próprio para a Prefeitura de Campo Grande. Junior Mochi reconhece o enfraquecimento do partido por não participar do processo eleitoral da Capital.

Os maiores prejudicados foram os vereadores da legenda, já que a maioria não foi reeleita por falta de um cabeça de chapa (prefeito) na disputa eleitoral.

Para recuperar espaço perdido, não só na Capital, como no interior, o MDB procura fechar aliança com o PSDB nas eleições em alguns municípios do Estado. “Isso vai acontecer”, afirmou Mochi. No entanto, em outras regiões, os partidos serão adversários.

O partido espera eleger, pelo menos, 15 prefeitos, além do novo mandatário da Capital, para sentar em volta de uma mesa com os dirigentes tucanos em condições de fechar um bom acordo para as eleições estaduais.

“Queremos uma vaga de senador”, afirmou o presidente do MDB, mas evitou entrar em detalhes sobre como está efetivamente sendo negociada com os tucanos essa vaga.

Para as eleições de 2026, estarão em jogo duas vagas de senador. Uma será reservada ao ex-governador Reinaldo Azambuja. A segunda será aberta para um aliado indicar o candidato. O MDB sinalizou com o nome de André, e o PT, com o de Vander.

Essas duas vagas em jogo são ocupadas hoje por Nelsinho Trad (PSD) e Soraya Thronicke (União Brasil). Na avaliação dos dirigentes partidários, os dois senadores terão muita dificuldade para se reelegerem.

A situação de Soraya Thronicke é mais complicada, já que ela brigou com grande parte das lideranças de peso do partido, como Rose Modesto e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Já Nelsinho Trad não contará, a princípio, com a ampla aliança que teve para sua eleição ao Senado.

Azambuja foi um que se empenhou muito para garantir sua vitória, só que, em 2026, Nelsinho não deverá ter mais o PSDB e Azambuja ajudando em sua campanha, além de ter mais Marquinhos, seu irmão, no comando da prefeitura da Capital.