Investigação revela como casais comandavam esquema de tráfico e a vida de luxo das organizações

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As investigações da Operação Hades, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas e que culminou na prisão de 15 pessoas no Mato Grosso do Sul – confira aqui – revelou o esquema utilizado pelas duas organizações criminosas, que tinha a vida de luxo e ostentação de muitos dos membros como ponto em comum.

Ao longo das investigações identificaram dois casais, um deles alagoano e outro paraense, que eram responsáveis pelo tráfico de drogas em larga escala no estado de Alagoas. A partir disso, o trabalho conseguiu identificar ramificações nos 17 estados alvos da operação.

Os policiais identificaram os criminosos que atuavam na origem do tráfico e os fornecedores e de drogas para os líderes das duas organizações criminosas investigadas. Os dois casais fazem parte da cúpula de duas grandes organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e no estado do Pará.

Essa organização era liderada por um alagoano atuava principalmente em Maceió, no bairro da Levada e adjacências. Porém, ele também realizava a distribuição de drogas para outros municípios de Alagoas onde há predominância da facção criminosa que o indivíduo integra.

Os fornecedores dessa droga que abastecia o mercado alagoano eram do estado de São Paulo, já a droga que eles forneciam era oriunda do Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai.

A outra organização criminosa alvo da operação, era liderada por um homem natural do Pará, mas que morou muito tempo em Alagoas. Por conta desse laço pessoal com o estado, ele estabeleceu o comando do tráfico de drogas em bairros da área nobre da cidade. Esse indivíduo também estava à frente de atividades ilícitas no Pará.

A droga vendida por este grupo tinha como origem fornecedores do estado do Amazonas, que faz fronteira com a Colômbia e o Peru.

As duas organizações atuavam de forma independente, entretanto ambas tinham pontos em comum, como membros que pertenciam às mesmas facções criminosas de âmbito nacional e um esquema muito sofisticado de lavagem dinheiro.

Para o esquema de lavagem eles utilizavam empresas de vários segmentos, como peixarias, aluguel de veículos, manutenção de automotores, depósitos de bebidas, transportes de cargas, dentre outras. Além do uso frequente de contas bancárias de pessoas próximas e outras identificadas como laranjas. As movimentações financeiras chegavam a ultrapassar R$300 milhões de reais em contas bancárias.

Muitos dos membros das duas organizações ostentavam um elevado padrão de vida, com viagens, veículos e outros bens de luxo e propriedade de residências e apartamentos em condomínios de alto padrão. Boa parte dos alvos da operação possui antecedentes criminais, inclusive, por crimes da mesma natureza dos que são objeto nesta operação.

Conforme o Dourados News informou mais cedo, no Mato Grosso do Sul a ação contou com a coordenação do Dracco da Polícia Civil, sendo dado cumprimento a 36 mandados, resultando na prisão de 15 pessoas, sendo cumpridos 14 mandados de prisão e 01 autuação em flagrante.

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