Funai pode deixar Ministério e senadora eleita por MS articula questões indígenas

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A equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro estuda a hipótese de retirar a Funai (Fundação Nacional do Índio) da pasta do Ministério da Justiça – ano que vem controlada pelo ex-juiz Sergio Moro. Ainda não se sabe para qual pasta seria designada, mas a retirada do órgão do ministério já causa apreensão em alguns servidores, indigenistas, antropólogos e indígenas.

De acordo com a Folha de São Paulo desta terça-feira (20), existe a possibilidade da Funai ser transferida para três ministérios: o Meio Ambiente, um futuro “Ministério da Cidadania” e o Ministério da Integração Nacional. Indigenistas, ainda de acordo com o jornal, acreditam que o órgão possa ser repassado para o Ministério da Agricultura, que será coordenado pela deputada federal e presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Tereza Cristina (DEM).

A Folha interligou que essa possível mudança ganhou força após a senadora eleita por Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke (PSL) publicar uma foto em seu perfil em uma rede social ao lado de futuros ministros do governo Bolsonaro, como Tereza Cristina (Agricultura), do general Augusto Heleno (SGI), de Azelene Inácio Kaingang, atual diretora de Proteção Territorial da Funai, e do marido de Azelene, Ubiratan Maia.

Entretanto, Soraya em contato com o Jornal Midiamax, disse que “não existe nada oficial, nada confirmado, a equipe de transição está com muito trabalho”.

Segundo a senadora eleita, tudo isso não passa de conjecturas. “Tem ideias de colocar, ainda estão decidindo onde colocar, mas eu creio que a Funai permanecerá sim no Ministério da Justiça”, pontuou.

Questionada se ela estaria trabalhando na transição, Soraya disse que não está oficialmente, mas sim colaborando com algumas outras coisas. “Estou trabalhando na questão indígena, estive com a transição, mas nada oficial no sentido de estar trabalhando com isso, apenas estou cuidando de outras coisas, estou colaborando”, finalizou.

Procurado pela reportagem do Jornal Midiamax para tratar do assunto, o coordenador regional da Funai em Campo Grande, Paulo Rios Júnior não atendeu às ligações até o fechamento desta matéria.