Ex-juiz Odilon perde irmã e faz alerta: ‘posto limitou-se a receitar o kit-covid’

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O ex-juiz Odilon Oliveira anunciou, nas redes sociais, que perdeu a irmã para o novo coronavírus. Sem identificar a familiar, ele aproveitou a tragédia para fazer um alerta para a população em Mato Grosso do Sul.

“Vocês todos tenham muito cuidado com a covid-19. A doença mata mesmo e não existem vagas para internação pelo SUS. Acaba de falecer uma irmã minha, de covid. O posto de saúde, no sábado, apesar dos fortes sintomas de covid, principalmente falta de ar, limitou-se a receitar o kit-covid e mandou voltar para casa. Não houve melhora, até falecer hoje cedo”, contou.

Ele destaca que a comunicação é “apenas para alertar a todos vocês no sentido de que todos temos que redobrar os cuidados e nos convencer de que, no Brasil inteiro, o sistema de saúde está ruim. Só isto. Que Deus os proteja”.

Juiz Odilon perde irmã para Covid-19 e diz que sistema de saúde “está ruim”

Segundo ele, paciente recebeu kit preventivo e foi liberada de posto mesmo com falta de ar
 – Ricardo Campos Jr


Depois de perder a irmã para a Covid-19, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira usou as redes sociais para criticar o sistema público de saúde. Ele afirma que a paciente, mesmo com falta de ar, foi liberada de um posto de saúde no último sábado apenas com o kit de remédios preventivos, falecendo hoje pela manhã.

“Vocês todos tenham muito cuidado. A doença mata mesmo e não existem vagas para internação pelo SUS”, disse Oliveira. “Esta comunicação é apenas para alertar a todos vocês no sentido de que todos temos que redobrar os cuidados e nos convencer que, no Brasil inteiro, o sistema de saúde está ruim”.

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) disse ao Correio do Estado que não procedem as informações a respeito de falta de leitos na cidade.

O município oscila entre 78% e 80% de ocupação nas vagas Covid-19 nos hospitais na linha de frente, o que resulta em cerca de 90 leitos disponíveis para atender quem chega na rede com sintomas graves.

Igualmente, conforme o órgão, não existe qualquer orientação para mandar pessoas com suspeita do novo coronavírus para o isolamento domiciliar que estejam com quadros considerados mais graves, como falta de ar.

Esse procedimento acontece somente em casos assintomáticos ou com relatos de manifestações leves da doença.

Porém, o órgão não comentou especificamente sobre o caso de Oliveira, se haverá alguma investigação para apurar a conduta das equipes de atendimento.