Chuva forte trouxe alívio contra estiagem, mas destrói ‘barraco’ e faz família se abrigar dentro de armário

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A chuva tão aguardada devido ao incomodo pelo longo período de estiagem, em Campo Grande, também traz o lado que prejudica quem quem vive em condições de risco. Na favela do Linhão, no Jardim Noroeste, uma família precisou se proteger dentro do armário, enquanto a ventania que chegou com a água na madrugada deste domingo (1º) destruía a moradia improvisada.

Essa foi a situação mais grave, mas as outras 95 famílias que também vivem no local perderam colchões, roupas e algumas residências ficaram parcialmente destelhadas.

Família precisou entrar no armário para se proteger. (Ana Paula Chuva, Jornal Midiamax).

Francine Pereira Ribeiro vive na favela com o marido e a filha de 1 ano e dois meses há quatro anos. Ela conta que, quando a chuva começou, pegou o bebê que dormia no berço e se escondeu com o marido no guarda-roupa. Por lá permaneceram por 40 minutos e, quando saíram, a moradia praticamente não existia mais.

Trabalhando como auxiliar de serviços diversos, Francine é a única que possui registro em carteira e que tem um salário fixo. Já o marido faz faxinas e nem sempre tem renda certa. Agora, a família precisa de tudo, desde roupas e materiais de construção até alimentos. Enquanto isso, os três vão se abrigar na casa do cunhado de Francine, no Jardim Noroeste.

Carmem Silva é quem relata os momentos de medo e, agora, de desespero pelo saldo de perdas das 96 famílias. Ela conta que, a Defesa Civil, foi ao local na madrugada, mas como não avisou todos os moradores, quase ninguém conseguiu pegar as lonas que estavam sendo distribuídas.

Famílias vivem em moradias improvisadas e precárias. (Ana Paula Chuva, Jornal Midiamax).

Com quase nada, as famílias pedem ajuda. A favela fica na Rua Marechal Malete e, sem terem para onde ir, muitos vão permanecer no local. Além do improviso, os moradores ainda estão mais suscetíveis a descargas elétricas, já que vivem embaixo de uma linha de alta tensão.

Quem puder doar algo, pode ligar no 9-9337-6765, no caso de Francine. Para entrar em contato com o restante das famílias, o telefone é 9-9140-0811.