Campo Grande volta a registrar execução com uso de fuzil

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Campo Grande voltou a ter execução com uso de fuzil, arma esta que geralmente é utilizada por facções criminosas. Na região de fronteira em Mato Grosso do Sul, o armamento é utilizado por facções e pistoleiros, na disputa pelo crime organizado da região. Em Campo Grande, nos últimos anos, criminosos utilizaram fuzis em execuções, sendo que, algumas dos crimes estão relacionados com a Operação Omertà, realizada para desarticular organização investigada por milícia e crimes de pistolagem. 

Na operação, o ex-guarda civil metropolitano de Campo Grande, Marcelo Rios,foi preso em julho do ano passado com um arsenal que continha fuzis, pistolas e munições.Ele era o responsável por armazenar o material bélico da quadrilha.

Execução em Campo Grande nesta terça

Jackson Claudio de Souza de 33 anos foi morto a tirosem frente ao curtume onde trabalhava, na rodovia BR-060 em Campo Grande, saída para Sidrolândia.

Segundo a polícia, Jackson foi atingido com ao menos 11 disparos que foram feitos com fuzil 5.56. Ainda segundo apurado, Jackson saía do trabalho junto com colegas, quando dois autores encapuzados chegaram ao local em um Chevrolet Corsa Sedan prata. O autor que estava no banco do passageiro, ordenou que todos abaixassem e foi em direção a Jackson.

Ao todo, foram realizado aproximadamente 28 tiros. Após a execução, os autores fugiram. Jackson era interno da Gameleira, onde cumpria pena por receptação, roubo e furto. Ele seguia em direção ao ônibus que transportava os internos de volta ao presídio semiaberto. A Polícia Civil agora irá onvestigar o caso.

Execuções com fuzil na Capital

Geraldo Ramos Villa, de 36 anos, foi morto com ao menos 60 tiros de fuzil no último dia 16 de abril em frente a sua casa no bairro Iracy Coelho Netto, em Campo Grande, Geraldo já tinha sido vítima de três atentados antes do seu assassinato, em 2007 e 2015.

Um carro que teria sido usado pelos atiradores na execução de Geraldo foi encontrado queimado em uma área rural, na região do bairro Itamaracá.
Foi levantada a suspeita de que Geraldo pudesse ter ligação com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), já que o modo de execução e as armas usadas, um fuzil 5.56 e 762, geralmente são as escolhidas por facções criminosas. Em 2007, Geraldo foi vítima de dois atentados, sendo que neste mesmo ano ele teria cometido um homicídio. Em 2015 mais uma vez tentaram matar Geraldo, antes da execução em 2021.

Estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier

Na noite do dia 9 de abril de 2019, o estudante de Direito, Matheus Coutinho Xavier, 19, filho do ex-capitão da Polícia Militar, Paulo Roberto Teixeira Xavier, foi morto com tiros de AK-47 quando manobrava o carro do pai, uma caminhonete, para poder retirar seu carro da residência no Jardim Bela Vista.

O rapaz foi morto no lugar do pai, e várias pessoas foram apontadas na Operação Omertà como autores do crime, sendo eles: Jamil Name, Jamil Name Filho, Vladenilson Daniel Olmedo, José Moreira Freiras, Juanil Miranda Lima, Marcelo Rios e Eurico dos Santos Mota.

Chefe da segurança da Assembleia Legislativa 

O chefe da segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o 1º sargento Ilson Martins Figueiredo, foi executado a tiros de fuzil e metralhadora na manhã do dia 11 de junho de 2020 na Avenida Guaicurus, na Capital. Os acusados pelo crime também são investigados no âmbito da Operação Omertà.

Ex-chefe de segurança de Jorge Rafaat

Em outubro de 2018, Orlando da Silva Fernandes, 41 anos, conhecido como ‘Orlando Bomba’ foi executado com mais de 40 tiros de fuzil 5.56, na rua Amazonas, Jardim Autonomista, em Campo Grande. Os tiros atingiram a cabeça, tórax e braços. Ele seria ex-chefe de segurança de Jorge Rafaat Toumani e estaria jurado de morte desde a morte de Rafaat.

(Alterada para acréscimo de informações às 22h42 de 09/11/2021)