Brasil já tem duas duplas classificadas no vôlei de praia

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Dois jogos, duas vitórias e duas classificações para a fase de oitavas de final em Tóquio. A quinta-feira (29.07) foi de sucesso para o vôlei de praia brasileiro. O dia começou com a vitória de Ágatha e Duda sobre Bansley e Brandie, do Canadá, por 2 sets a 0 (21/18 e 21/18), e terminou com o resultado positivo de Alison e Álvaro Filho sobre Brouwer e Meeuwsen, da Holanda, pelo mesmo placar, com parciais de 21/14 e 24/22.

As brasileiras jogaram soltas neste terceiro compromisso na Olimpíada (depois de uma vitória e uma derrota) e chamaram atenção para isso logo depois da partida. Mais experiente da dupla, a medalhista olímpica, Ágatha, considerou importante voltar a atuar com leveza depois do resultado negativo na rodada anterior.

“Hoje conseguimos nos divertir. Nos dois primeiros jogos estávamos muito concentradas e conversamos sobre baixar um pouco o giro nesse sentido. Conseguimos equilibrar bem melhor e o jogo flui, fica mais gostoso de jogar. Nosso jogo estava muito racional e o nosso time é mais coração”, declarou Ágatha, que complementou. “Somos acostumados a jogar campeonatos de quatro dias e muitos jogos seguidos. Aqui são 14 dias, sete jogos para quem chega até a final e é preciso mudar a chave a cada jogo. Isso gera um jogo mental grande e é um desafio”.

Estreante em uma edição do maior evento esportivo do planeta, Duda destacou a força do time que une a experiência da sua parceira – Ágahta tem 38 anos – com a sua juventude aos 22 anos.

“Hoje foi mais um passo. Hoje colocamos muito coração e é mais um passo avançado. Ainda precisamos esperar para conhecer o adversário, mas vamos colocar toda vibração e energia para fazer o nosso melhor na próxima fase. Nos divertimos dentro de quadra, uma vai ajudando a outra, aprende uma com a outra. A Ágatha com a experiência vai me mostrando e isso é muito especial. Eu com toda juventude, garra, força e isso une muito bem o nosso time. Além disso, nós amamos o que fazemos e isso é muito legal dentro de quadra”, disse Duda.

Alison e Álvaro Filho enfrentaram a forte dupla da Holanda e, depois de uma boa vitória no primeiro set, enfrentaram um pouco mais de dificuldades para vencer o segundo, ganhar o jogo e garantir a classificação em primeiro do Grupo D dos Jogos Olímpicos.

Alvinho, que também faz sua estreia no evento, comentou sobre a importância em como o time lidou com o resultado negativo da rodada passada – a dupla havia vencido na estreia.

“Sabíamos que era uma chave muito dura e fizemos bem o deve de casa. Tivemos humildade, esfriamos a cabeça, tivemos muita paciência depois da derrota que aconteceu em um jogo decidido nos detalhes. Depois disso renovamos nossas forças e viemos com tudo para hoje. Há uma adrenalina muito grande, saímos do jogo em êxtase e estou muto feliz de estar vivendo isso aqui”, disse Álvaro Filho.

Buscando sua terceira final consecutiva, Alison, que tem uma prata e um ouro em Jogos Olímpicos, também

“Foi um grande jogo. Estamos na chave da morte, perdemos no detalhe no jogo passado e sabíamos que era preciso ter muita humildade para ganhar hoje. Jogamos em horários muito diferentes, eu tive dificuldades na vidrada de bola, mas time é isso. Um ajuda o outro. Tivemos muito respeito pelo time da Holanda, mas precisávamos da vitória e tivemos muita concentração e humildade”, declarou Alison.

O atleta também deu destaque ao Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia nessa trajetória olímpica. “O Brasil é descobridor de talentos. Temos grandes profissionais, grandes atletas surgindo e o Brasil é exemplo para todo mundo, tendo um dos circuitos mais fortes do mundo e isso ajuda a evoluir dentro de casa para jogar o circuito internacional”, concluiu Alison.

O vôlei de praia brasileiro segue nesta sexta-feira (30.07) com mais dois jogos. Evandro/Bruno Schmidt encara a dupla Bryl/Fjalek, da Polônia, às 8h (MS), e Ana Patrícia/Rebecca joga contra o time Claes/Sponcil, dos Estados Unidos, às 20h (MS).