Com depoimento de menor, Polícia Civil conclui investigações de latrocínio que teve como vítimas pai e filho em Amambai

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Com depoimento de menor, Polícia Civil conclui investigações de latrocínio que teve como vítimas pai e filho em Amambai
O produtor rural Nego Silva e seu filho, o engenheiro agrônomo Antônio Alexandre, foram assassinados durante assalto frustrado ocorrido no dia 14 de janeiro em uma das fazendas das vítimas.
O depoimento do adolescente de 16 anos, apreendido na quinta-feira, 27 de janeiro, consolidou o que as investigações já tinham apurado, que o assassinato do produtor rural Nego Silva e seu filho foram cometidos durante uma tentativa frustrada de assalto.
Olenir Nunes da Silva, o “Nego Silva”, de 50 anos, e seu filho, o engenheiro agrônomo Antônio Alexandre Nunes da Silva, de 23 anos, foram mortos à tiros em uma das fazendas das vítimas, crime ocorrido na manhã de sexta-feira, dia 14 de janeiro. (clique AQUI para relembrar)
De acordo com o delegado que comandou as investigações do caso, Dr. Ulisses Nei de Brito Santos, em depoimento à Polícia Civil, o adolescente teria confirmado que ele e seu irmão, Siguinaldo Gonçalves, de 24 anos, foram até a fazenda das vítimas com o objetivo de praticar roubo.
Segundo a Polícia Civil o adolescente infrator relatou também que após a ação criminosa não sair como o previsto, partiu de seu irmão, Siguinaldo, a iniciativa de matar pai e filho e que ele só deu apoio ao irmão mais velho durante o crime.
De acordo com relatos do menor à polícia, primeiro eles renderam, amarraram e mataram Antônio Alexandre em um dos cômodos da sede da propriedade rural e quando o pai chegou, sem permitir nenhum tipo de reação de defesa por parte da vítima, Siguinaldo, de posse de uma espingarda calibre 22, atirou contra Nego Silva.
O filho foi morto com um tiro no pescoço e Nego Silva com três tiros, um na região do tórax e dois na região da nuca. A arma usada para o crime ainda não foi encontrada.
Segundo o delegado, Dr. Ulisses de Brito, os dois irmãos relataram a mesma história, que Siguinaldo conhecia a propriedade rural e as vítimas, pois já havia trabalhado na fazenda anos atrás, possivelmente como diarista, já que a família das vítimas não reconheceu o indígena como tendo sido funcionário da fazenda.
De acordo com Dr. Ulisses, Siguinaldo Gonçalves, que já teve duas passagens pela polícia por porte ilegal de armas e está sendo investigado por figurar como suposto autor de um feminicídio ocorrido no ano passado (2021) na aldeia Taquaperi, em Coronel Sapucaia, já foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) que em caso de condenação acarreta em uma pena que varia de 12 a 30 anos de prisão.
Ele também deverá responder, segundo o delegado, por corrupção de menor, pois teria sido ele autor intelectual da ação criminosa, além de responder por fornecer bebida a menor de idade, já que no dia dos fatos teria dado bebida alcoólica ao irmão menor, supostamente com o objetivo de encorajá-lo a participar do crime.
Com a prisão preventiva decretada pela Justiça, Siguinaldo Gonçalves, que está recolhido em uma das celas da penitenciária de segurança máxima da cidade de Dourados, foi preso no dia 24 de janeiro, dez dias após o crime, por uma força-tarefa composta pela Polícia Civil, por meio do SIG (Setor de Investigação Geral) da Delegacia de Amambai, pela Polícia Militar, com o emprego de policiais lotados na 3ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar), pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira), pelo BOPE (Batalhão de Operações Especiais) e pelo BPChq (Batalhão de Polícia de Choque de MS).
Participaram da apreensão do menor no dia 27 de janeiro, que segundo a polícia também responderá pelo crime de latrocínio e está recolhido em uma UNEI (Unidade Educacional de Internação) na cidade de Ponta Porã, a Polícia Civil, também através do SIG (Setor de Investigação Geral), a Polícia Militar, através da 3ª CIPM (Companha Independente de Polícia Militar) e o BPChq (Batalhão de Polícia de Choque de MS).
Desde o dia do crime até a prisão e apreensão dos autores, forças policiais trabalharam de forma ininterrupta, primeiro no sentido de identificar e posteriormente no sentido de capturar os autores do latrocínio.