O Grêmio abriu o placar aos 20 minutos da primeira etapa. Pepê achou Pavón em um grande lançamento, que cruzou para a área. Diego Costa apareceu, livre de marcação, e só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes.
Os mandantes ampliaram a vantagem aos 29 minutos. Após lançamento, Diego Costa escorou de cabeça para Gustavo Nunes, que avançou e tocou, em profundidade, para Cristaldo. O camisa 19 do Imortal acertou o canto direito do gol.
Aos 39 minutos, ainda do primeiro tempo, Diego Costa marcou novamente para o Grêmio. O atacante recebeu cruzamento feito por João Pedro, dominou a bola com o peito, limpando a marcação e deslocou o goleiro com o pé direito.
Nos acréscimos, aos 49 minutos, Mayk acertou a cabeça do jogador do Caxias com um chute e o árbitro apresentou o cartão vermelho diretamente.
O Caxias descontou aos 13 minutos da etapa complementar. Em cobrança de escanteio, a bola foi desviada em direção ao gol gremista e Caíque Santos fez bela defesa. Mas, Vitor Feijão aproveitou rebote em cima da linha e cravou o primeiro dos visitantes no jogo.
Aos 20 minutos, Renato Gaúcho colocou Soteldo em campo. O camisa 7 não atuava desde sua lesão no no músculo adutor longo da coxa direita, sofrida no dia 31 de janeiro contra o Juventude.
O segundo do Caxias ocorreu aos 36 minutos. Após jogada pela direita, João Pedro recebeu na grande área e chutou para a defesa de Caíque Santos, porém, no rebote, Tomas Bastos conseguiu diminuir a diferença no placar.
Análise: Brasil de Dorival se arruma durante a partida, reage e termina Data Fifa com saldo positivo
Sem agressividade na marcação no primeiro tempo, Seleção sofre em partida com contorno diferentes da grande atuação em Wembley, mas mudanças dão fôlego e organização no Bernabéu
Por Cahê Mota — Madrid, Espanha
Um empate com gosto de vitória para fechar uma Data Fifa extremamente positiva para a seleção brasileira.
Se levarmos em conta que o Brasil chegou à Europa sob desconfiança e com três derrotas consecutivas na bagagem, a atuação ruim na maior parte do tempo contra a Espanha fica em segundo plano. O pacote completo, que inclui uma vitória convincente em Wembley e um jogo com poder de reação no Santiago Bernabéu, foi suficiente para dar confiança e tranquilidade na largada do trabalho de Dorival.
Espanha x Brasil – Melhores Momentos
Os pênaltis, no mínimo, duvidosos vão ficar em segundo plano nesta análise da performance do Brasil em Madrid. Como o próprio Dorival Júnior pontuou depois do 1 a 0 sobre a Inglaterra, mais do que o resultado, o que importa é a atuação. E a atuação da Seleção não foi boa diante dos espanhóis.
A repetição da escalação de Londres para dar sequência ao trabalho contra um time de características diferentes diminuiu a energia de um Brasil que se mostrou muito passivo nos 45 minutos iniciais. A Espanha chegou a beirar os 70% de posse de bola em um primeiro tempo em que finalizou nove vezes e produziu para ir para o intervalo com uma vantagem maior do que o 2 a 1.
Paquetá e Endrick comemorando gol, Brasil x Espanha — Foto: Andre Durão
A Seleção não conseguia subir a marcação e dava muito espaços para Rodri comandar a equipe girando a bola de um lado para o outro, acionando Nico Willians e Lamine Yamal. O garoto de 16 anos do Barcelona, por sinal, não deu descanso ao lado esquerdo da defesa brasileira com Wendell, Beraldo e foi quem sofreu pênalti mal marcado de João Gomes.
A vantagem já era justa aos 12 minutos, e os espanhóis seguiram com maior volume de jogo contra um Brasil que praticamente não passava do meio de campo. A conexão entre Rodrygo e Vini pela esquerda com o auxílio de Wendell foi responsável pelas raras espetadas de um time que ganhou de presente de Unai Simon um gol para chegar vivo ao segundo tempo – a esta altura Dani Olmo já tinha marcado um golaço em jogada também pela esquerda e drible desconcertante em Beraldo.
Dorival Júnior aproveitou o intervalo para mexer, dar fôlego e organizar o time. Yan Coutto substituiu Danilo, Endrick entrou na vaga de Raphinha, e André e Andreas Pereira deram maior dinâmica ao meio de campo com Paquetá recuado para segundo homem. O volante do Fluminense baixava para auxiliar na saída de bola, e os outros dois faziam o jogo fluir com ações verticais.
Dorival Júnior, técnico da Seleção, em Brasil x Espanha — Foto: Rafael Ribeiro / CBF
O Brasil em quatro minutos já tinha criado mais do que nos 45 iniciais, e a estrela de Endrick brilhou mais uma vez com belo gol ao emendar de primeira sobra de escanteio. Foram 15 minutos em que a Seleção impôs dificuldades até a Espanha entender as mudanças e retomar as rédeas da partida.
Bento entrou em ação com defesas seguras em arremates que na maioria das vezes vinham da entrada da área – em fragilidade que já tinha sido demonstrada na vitória sobre a Inglaterra. Por mais que a Espanha tivesse maior presença no campo de ataque, a partida ficou equilibrada e os 10 x 10 em finalizações indicam isso.
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A disposição ofensiva deixou o jogo aberto na reta final, e mais um pênalti polêmico deixou a Espanha em vantagem. O Bernabéu entrou em festa, a vitória parecia iminente, mas o Brasil demonstrou frieza e capacidade de reação para buscar um empate que não foi obra do acaso.
Douglas Luiz deixou Paquetá em condição de marcar já nos acréscimos, mas foi Galeno quem sofreu pênalti após trama de Andreas com Yan Coutto pela direita. Paquetá cobrou, empatou e bailou.
O Brasil que venceu com autoridade a Inglaterra soube encontrar alternativas e soluções mesmo com dificuldade para controlar a Espanha. O 3 a 3 apresenta características distintas para um time que chegou à Europa sob desconfiança e volta para casa de astral renovado.