Gaeco cumpre 16 mandados de prisão em operação contra o tráfico e corrupção policial

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oliciais do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), cumprem mandados de prisão e busca e apreensão em duas cidades de Mato Grosso do Sul na manhã desta segunda-feira (8/7).

As ações são em combate ao tráfico de drogas, armas e corrupção policial.

A operação foi batizada de Balcão de Negócios.

De acordo com o Ministério Público Estadual, são 12 mandados de prisão preventiva, quatro temporárias e 11 de busca e apreensão em Campo Grande e Aquidauana.

A Operação Balcão de Negócios, desencandeada pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de Mato Grosso do Sul na manhã desta segunda-feira (8), mirou o esquema de corrupção policial que levou ao furto de 100 quilos de cocaína de dentro da delegacia de Aquidauana e prendeu pelo menos dois investigadores da Polícia Civil que trabalhavam no local.

Além deles, outras duas pessoas foram detidas, segundo o Correio do Estado apurou. Um é um informante do crime organizado e outro é uma pessoa com envolvimento com os policiais.

Todos os detidos serão levados para o 3º DP (Carandá Bosque), na região leste de Campo Grande.

São cumpridos cumpridos 12 mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Aquidauana.

A atuação do Gaeco acontece quatro dias após as investigações apontarem relação do furto da droga com o PCC, facção criminosa que controla o tráfico de drogas e armas nas fronteiras do Estado.

A informação levou a Corregedoria da Polícia Civil a anunciar que atuaria diariamente no local.

Correio do Estado apurou junto a policiais da cidade que foi descoberto o envolvido de lideranças do PCC no planejamento do crime em pelo menos duas ações.

“Foi elaborado um plano minucioso, com escolha específica de dias, horários e atuação, coma  participação de elementos faccionados de grande envergadura”, disse o atual delegado titular do local, Wilkson Vasco Francisco Lima Barros.

“A droga entrou apreendida no local no dia 30 de maio. E foi retirada em sua totalidade em dois dias diferentes”, diz o depoimento de um dos ouvidos pelo caso na delegacia. O furto só foi descoberto no dia 10 de junho, por um delegado plantonista.

O objetivo da Corregedoria é descobrir de vez se o delegado Eder Oliveira Moraes, antigo responsável pela unidade e que está preso acusado de envolvimento com o caso foi o responsável por organizar os encontros para a elaboração do plano de resgate da droga, avaliada em mais de R$ 2 milhões.

Até aqui, Moraes já fora flagrado buscando interessados na cocaína por telefone, conforme a reportagem aourou. A própria Corregedoria admitiu que podiam ter muito mais policiais envolvidos com o caso.

Na publicação desta quinta no Diário Oficial do estado, o delegado-geral Marcelo Vargas Lopes designa Roberto Gurgel de Oliveira Filho como uma espécie de interventor em Aquidauana. Sem prazo determinado, ele deverá elaborar um relatório para a Corregedoria com o que for apurado por sua equipe durante a verificação.

“Considerando a necessidade de verificar a existência e regularidade na escrituração de livros obrigatórios, assim como a verificação dos procedimentos policiais e administrativos e todos os demais documentos relativos à atividade fim da Primeira Delegacia de Polícia de Aquidauana-MS; Considerando o que dispõe os artigos 230 e 231, do Regulamento das Atividades Cartorárias, Administrativas e Operacionais da Polícia Civil”, diz o chefe da Polícia Civil na publicação.