A chefe da Superintendência para o Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (Sudeco), a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) é uma das pré-candidatas a prefeita de Campo Grande que estão na primeira visita oficial do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à capital de Mato Grosso do Sul após mais de uma década.
Ao chegar ao evento, ela disse que, se depender das pesquisas, tem grandes chances de ser a primeira mulher a ser eleita prefeita de Campo Grande. “Vou deixar a Sudeco no fim do mês. Talvez este seja o meu último evento oficial com o governo a frente da Sudeco”.
A deputada federal Camila Jara, pré-candidata pelo PT, também está no evento, em que Lula irá despachar o primeiro carregamento de carne bovina brasileira de 38 novas unidades habilitadas pela China, para o país asiático.
Rose falou como pré-candidata. “Ter o presidente no Estado é muito importante, ainda mais em um momento em que Campo Grande vive, que é tão difícil, uma cidade que não tem capacidade de investimento, que não consegue investir sozinha. A gente (se ganharmos a eleição) vai precisar do governo federal, respeitando a candidatura do PT, claro”, afirmou Rose Modesto.
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), não compareceu a visita de Lula. Ela está alinhada com o Bolsonarismo, e disse há dois dias, que teria uma agenda em São Paulo (SP).
A Capital do Estado já teve duas prefeitas. Além de Adriane, Nely Bacha também ocupou o cargo nos anos 1980. Nenhuma delas, porém, foi eleita pelo voto direto. Adriane Lopes é vice na chapa de Marquinhos Trad (PSD), que renunciou em 2022 para candidatar-se a governador, pleito em que saiu derrotado.
Visita de Lula tem protesto de movimentos ligados à esquerda
Professores e administrativos da educação receberam o presidente com faixas de reivindicações
Apesar de sair direto da Base Aérea de Campo Grande para o frigorífico JBS, onde participa de evento, dezenas de professores e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) se reuniram na orla do Aeroporto, com faixas, bandeiras e cartazes, em manifestação.
O movimento foi pacífico e organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino de Mato Grosso do Sul (Sista-MS), filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Servidores da educação federal, tanto professores quanto administrativos, estão em greve desde o início deste mês reivindicando reestruturação de carreira no serviço público e recomposição salarial.
Em megafones e caixas de som, alguns servidores bradavam asa reivindicações e afirmam contar com apoio do governo federal.
No entorno do aeroporto, além dos manifestantes, há também apoiadores que foram recepcionar o presidente.
Protesto da direita
Do aeroporto, o presidente segue para o frigorífico JBS, onde outro protesto, este de bolsonaristas e pessoas contrárias ao governo, também se organizaram com cartazes, carro de som e um boneco inflável, de cerca de 10 metros, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A protesto contrário foi organizado pelo deputado estadual João Henrique Catan (PL), que afirma que não houve um movimento, mas que ele decidiu inflar o boneco e houve adesão de outros bolsonaristas, tanto em participação física, quanto motoristas que passam buzinando em apoio.
Lula na JBS
Um forte esquema de segurança, com reforço policial e detectores de metais, foi montado para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta sexta-feira (12), em Campo Grande.
O presidente participa de evento no frigorífico JBS, na saída para Sidrolândia. Ele irá acompanhar o primeiro envio de carne do frigorífico para a China, após anúncio de ampliação das exportações.
Segundo o Governo Federal, a visita é também para que o presidente conheça de perto todo o processo da indústria, desde o controle de qualidade até o embarque para o exterior.
Conforme reportagem do Correio do Estado, o presidente do PT regional, Agamenon do Prado, afirmou passagem do presidente pela Capital será rápida.
“Vai ser em evento bem rápido mesmo e vai ser ali na JBS, vai ser de acesso restrito porque é só um evento simbólico de embarque das primeiras toneladas de carne para a China. Ele participa do evento e volta para Brasília.
Na JBS da Capital será despachado o primeiro carregamento dos 38 frigoríficos brasileiros recém-habilitados para exportar para a China.
Além das duas unidades da JBS de Campo Grande, a Marfrig em Bataguassu, a Boibras em São Gabriel do Oeste, e a JBS de Naviraí, também estão estão habilitados para exportar carne para China.
A intenção da agenda é aproximar o presidente da República do agronegócio, setor mais alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
É a primeira vez que Lula vem a Mato Grosso do Sul desde que assumiu o cargo em 2023, para o terceiro mandato como presidente.