Doença rara não abalou professor de dança que enfrentou 3 cirurgias pela vida em Campo Grande

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Desde 2021, o professsor de dança, Carlos Eduardo, o Kadux,  enfrentou a batalha mais importante da sua vida, quando meses após pegar Covid-19, descobriu uma doença rara, nunca vista antes em Mato Grosso do Sul e sem tratamento no Estado.

Como se as surpresas paressem por ai, ao longo do tratamento enfrentou dois abcessos cerebrais, mas a fé e a esperança o levou de volta para casa, ao lado da família, do filho e da dança.

Apaixonado desde a adolescencia por hip-hop, o rapaz cresceu e dedicou a vida a dança. Atleta, como ele mesmo afirma, nunca ficou doente, então descobrir os problemas foi um choque para todos.

Em 2021, enquanto trabalhava com dança, Carlos contraiu a Covid-19. Apesar de inicialmente superar a doença devido à sua condição atlética, ele começou a enfrentar complicações respiratórias severas meses depois.

Em agosto daquele ano, um exame revelou que 70% do pulmão estava comprometido. O jovem dançarino foi hospitalizado e teve que enfrentar a realidade de uma doença que estava ameaçando sua vida.

Durante a internação, Carlos testemunhou cenas angustiantes no hospital, com pacientes lutando pela vida devido à Covid-19. “Mesmo após me recuperar da doença, tive que dividir espaço com pessoas contaminadas no hospital devido às complicações pulmonares”, lembra.

Sem entender o que estava acontecendo, Carlos Eduardo se viu preso a um respirador enquanto aguardava biópsia feita do pulmão. “Só fui liberado do hospital quando tive um respirador que pudesse usar em casa, me afastei da dança até descobrir o que era.

Após uma série de exames, Carlos foi diagnosticado com uma doença rara chamada proteinose alveolar. Esta condição, pouco conhecida e sem tratamento específico em Mato Grosso do Sul, trouxe ainda mais desafios para a recuperação. O diagnóstico foi um golpe duro para o jovem e seus familiares, já que ele tinha 3 meses para mudar de estado e conseguir tratamento.

Em um ano, o estado agravou e Kadux desenvolveu dois abcessos cerebrais, exigindo uma cirurgia de emergência. O período pós-cirúrgico foi extremamente desafiador, com meses de internação e um estado de saúde bastante debilitado. “Emagreci e cheguei a pesar 53 quilos, estava muito fraco, mas nunca perdi a esperança”, relata.

A comunidade hip-hop, amigos e familiares se uniram para apoiar Carlos fazendo vaquinhas, rifas e campanhas para ajudar com despesas médicas e suprimentos.

Em 2023, após uma batalha judicial, Carlos conseguiu realizar as cirurgias de limpeza pulmonar que tanto necessitava. A recuperação foi surpreendentemente rápida, e ele não precisou mais do auxílio de oxigênio. Foi um momento de vitória da família.

Carlos retomou as atividades artísticas, voltou a dar aulas de dança, participou de festivais e editais. Seu grupo, Backstage of the Soul, e seu projeto Soul Art ganharam novas energias e voltaram a impactar positivamente a comunidade.

Em janeiro Carlos comemorou e revelou seu testemunho através das redes sociais valorizando o apoio de cada um.

 

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