Candidato à presidência do Equador é assassinado

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CNN BRASIL

O candidato à Presidência do Equador, Fernando Villacencio, 59 anos, do Movimento Construir, foi assassinado nesta quarta-feira, em Quito, capital do país. Ele deixava um comício político realizado no Anderson College, quando foi baleado várias vezes.

O Ministério do Interior e, posteriormente, o presidente Guilhermo Lasso confirmaram o homicídio por meio de comunicados nas redes sociais.

Após a confirmação da morte, os principais candidatos à Presidência anunciaram a interrupção das suas atividades eleitorais.

Lasso informou que o Gabinete de Segurança da Presidência da República fará reunião extraordinária. Também devem participar a presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), Diana Atamaint; a Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar e o Presidente da Corte Nacional de Justiça, Iván Saquicela. 

Logo após o ocorrido, imagens mostrando o momento do ataque começaram a circular nas redes sociais. Em um dos vídeos Villavicencio aparece deixando o Anderson College e se dirigindo a um carro, acompanhado de sua comitiva e apoiadores, quando se ouvem tiros e um grande tumulto toma conta do local.

Eleições

Villavicencio era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação. As avaliações de tendências eleitorais do país é deficiente em comparação a outros países sul-americanos como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maior índices de acerto.

Em junho, segundo o Centro de Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%), Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%) e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

O pleito acontece no próximo dia 20, de forma antecipada, depois que o presidente Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, que decretou a dissolução da Assembleia Nacional e reduziu o tempo de seu próprio mandato.

MEDO DAS DENÚNCIAS

Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador assassinado na noite desta quarta-feira (9), denunciou em entrevista na semana passada que estava sendo ameaçado por um cartel do país.

“Há três dias, um militante de Manabí [cidade do Equador] recebeu visitas de vários mensageiros de Alias Fito [líder do cartel Los Choneros] para dizer a ele que, se eu continuasse mencionando os Los Choneros, eles iriam me quebrar”, disse no programa Vis a Vis, apresentado pela jornalista Janet Hinostroza, na quarta-feira (2).

Los Choneros são uma organização criminosa do Equador que surgiu em Manabí e é formada por duas gangues chamadas Fatales e Las Águilas. Eles atuam com extorsão, tráfico de drogas e homicídios.

Após a ameaça, Villavicencio disse que não iria suspender sua campanha eleitoral e que iria apresentar uma denúncia contra as ameaças.

Ele também responsabilizou previamente o Los Choneros por qualquer eventual atentado que pudesse ocorrer contra ele, sua família e equipe.

Villavicencio disse ainda, na entrevista, que usava o mínimo da proteção oficial do Estado, mas recusava coletes a prova de balas.

“Um presidente valente tem que dar a cara, como o seu povo. O povo não está com coletes a prova de balas. A sociedade está de joelhos diante do crime organizado. E o pior que se pode passar a um candidato, a um político, é ter medo. No momento em que os grupos criminosos submetem as pessoas, acabam a democracia e a República”.

SEIS PRESOS

O Ministério Público do Equador informou nesta quinta-feira (10) que seis pessoas foram presas durante incursões realizadas nas áreas de Conocoto e San Bartolo, em Quito, em conexão com o assassinato do candidato à Presidência Fernando Villavicencio.

Um suspeito foi morto na quarta-feira (9) durante troca de tiros com seguranças pessoais do candidato. Ele ficou gravemente ferido, chegou a ser transferido para a Unidade de Flagrantes de Quinto, mas não resistiu.

Em comunicado, o Ministério Público disse o corpo de Villavicencio passa por autópsia. A instituição acrescentou que os familiares do político estão no local aguardando a finalização do processo.

Peña repudia y condena el asesinato de candidato presidencial de Ecuador

El presidente electo, Santiago Peña, emitió un mensaje de repudio y condena al asesinato del candidato presidencial ecuatoriano, Fernando Villavicencio.

“Repudiamos y condenamos el asesinato del candidato presidencial ecuatoriano Fernando Villavicencio. Estamos con la hermana nación de Ecuador en este difícil momento”, escribió Santiago Peña en sus redes sociales.

El candidato presidencial ecuatoriano Fernando Villavicencio fue asesinado a tiros tras celebrar un mitin este miércoles en Quito, informaron varios medios nacionales.

Villavicencio, de 59 años y cuya muerte fue confirmada medios locales por el ministro del Interior, Juan Zapata, amigos y familiares de la víctima.

Era uno de los ocho candidatos de la primera vuelta de las presidenciales que se celebran anticipadamente el 20 de agosto en Ecuador, país que sufre un aumento de la violencia vinculada al narcotráfico.

El periodista y exmiembro de la Asamblea Nacional disuelta en mayo por Guillermo Lasso aparecía segundo en la intención de voto con 13,2%, detrás de la abogada Luisa González (26,6%), única mujer en liza y afín al exmandatario socialista Rafael Correa (2007-2017), según la más reciente encuesta de Cedatos.

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