Saída de Bivar aumenta pressão por desistência de Tebet ao Planalto

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A desistência do deputado Luciano Bivar (União Brasil-PE) de disputar a Presidência da República, formalizada neste domingo (31.jul), deve aumentar a pressão para que outra presidenciável também deixe a corrida ao Planalto: a emedebista Simone Tebet.

 

Apesar de Bivar ter apresentado o nome da senadora Soraya Thronicke (MS) como possível alternativa, nos bastidores, há uma movimentação para que o União Brasil esteja com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno — o que já virou alvo de críticas por parte dos filhos do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

No MDB de Tebet, a articulação nem está mais na coxia. Há uma ala lulista no partido que defende o apoio publicamente. A voz mais ressoante nesse sentido é a do senador alagoano Renan Calheiros. Em entrevista ao programa Poder Expresso, do SBT News, ele disse que a candidata emedebista “tem bom senso” e deverá apoiar o petista.

Lula também pode angariar o apoio de André Janones (Avante), com quem se reúne na próxima 5ª feira (4.ago). A conversa foi marcada a convite do ex-presidente, em gesto que o deputado classificou como de “humildade”. Depois de uma troca de mensagens com o petista, Janones admitiu que pode retirar a candidatura.

última pesquisa Datafolha mostra Lula com 47% das intenções de voto, ante 29% de Bolsonaro. Tebet apareceu com 2% e Janones com 1%. Bivar não pontuou.

“Até o final”

Questionada neste domingo sobre as desistências no campo que ficou conhecido como terceira via, Tebet disse que para ela “é ótimo” e afirmou que não desistirá de sua candidatura.

“Para mim é ótimo. As pessoas querem votar numa alternativa de poder, se não querem Lula nem Bolsonaro, se tiver vários candidatos do centro — eu não falo nem mais que é terceira via, é a única via, a única alternativa à polarização –, se eles querem algo diferente dessa polarização, quanto menos candidatos desse centro, desse campo democrático, é óbvio que nós temos mais chances, não só de nos tornarmos mais conhecidas, mas também de termos o voto que é o voto que rejeita o que está sendo colocado. O que nós não podemos é ter uma eleição plebiscitária, que estabeleça para o eleitor sem dar a miníma oportunidade para o eleitor optar por algo diferente. A soberania é popular, o voto é do povo, é ele que escolhe. Mas os partidos políticos precisam dar opção. Isso é que é democracia. E é por isso que eu sou persistente, eu sou guerreira, eu tenho coragem, eu não desisto, a minha candidatura vai até o final.”