Rodovia que vai ser ‘porta de saída’ do Brasil em futuro corredor bioceânico fica quase intransitável em MS

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A BR-267, que vai ser a “porta de saída” do Brasil no futuro corredor bioceânico que vai ligar o país ao Chile, passando por Paraguai e Argentina – Rota da Integração Latino-Americana (RILA), está quase intransitável no trecho de 203 quilômetros, entre as cidades de Jardim e Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul.

Tomada por buracos de todos os tamanhos, alguns chegando a ocupar uma faixa inteira da pista de rolamento, a estrada se transformou em um perigo potencial para quem tem de transitar por ela, seja pelos danos que pode ocasionar aos veículos ou pelos acidentes que pode provocar.

Para tentar desviar das crateras, motoristas de carros e carretas têm de quase parar os veículos em vários pontos da estrada e manobrá-los lentamente. Em outros segmentos, acabam invadindo a contramão da estrada para tentar fugir dos buracos.

Nesta sexta-feira (19), a reportagem do G1 passou pela rodovia e encontrou uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) fazendo o tapa-buracos em um, das dezenas de pontos críticos ao longo dos 203 quilômetros deste trecho.

Nos últimos meses o prefeito de Porto Murtinho, Derlei João Delevatti (PSDB), apontou que houve um aumento significativo do fluxo de veículos pesados na rodovia para o escoamento da produção agrícola da região e também para o embarque de carga no terminal portuário da cidade, o que pode ter contribuído para o desgaste do pavimento.

Segundo Delevatti, o DNIT informou que já está em andamento uma licitação para a recuperação do trecho.

A BR-267 é fundamental para a ligação rodoviária bioceânica porque ela conduzirá a ponte que será construída pela Itaipu Binancional Paraguaia e que ligará Porto Murtinho, no Brasil, a Carmelo Peralta, no Paraguai. Hoje, para passar de um país a outro é necessário usar uma balsa para atravessar o rio Paraguai.