Quedas de telhados, choques e mortes: saiba os riscos de fazer reparos por conta após tempestade

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Além dos riscos mais graves durante a tempestade de sexta-feira (15) em Campo Grande, como queda de árvores, destelhamento, alagamentos, outros reflexos ainda podem causar riscos à população. Isso porque muita gente tem subido em telhado para tirar galhos e limpar calhas, ou em muros e árvores para fazer algum reparo, inclusive para tirar fio de alta tensão.

Nesta segunda-feira (18), um homem de 54 anos morreu ao cair do telhado de casa no bairro Parque do Lageado. Segundo boletim de ocorrência, Antônio Batista dos Santos, subiu nas telhas de casa para fazer um conserto, mas a estrutura não resistiu e ele caiu.

Em caso semelhante neste sinal de semana, um idoso de 80 anos morreu ao cair do telhado de casa na Vila Carvalho. O boletim de ocorrência está registrado que idoso subiu no telhado de sua casa por volta das 10 horas da manhã de sábado (16) para retirar galhos de árvores após a tempestade que caiu sobre a cidade no dia anterior

Em mais um caso relacionado a atitudes individuais para fazer reparos causados pela tempestade, um rapaz de 24 anos morreu eletrocutado, neste domingo (17) em Terenos, a 28 quilômetros de Campo Grande

Uma testemunha contou que, por volta das 14 horas, ele e Luiz estavam em uma chácara manipulando fios elétricos de 220 volts, quando a vítima tomou um choque e passou a gritar por socorro. A testemunha retirou os fios de cima do corpo do rapaz e passou a fazer massagem cardíaca, mas ele não resistiu.

Orientação dos Bombeiros

De acordo com o Corpo de Bombeiros, atitudes coma essas são totalmente desaconselháveis, principalmente porque na maioria esmagadora dos casos, a pessoa não tem experiência naquilo que está fazendo.

“No caso de fios de energia, o Corpo de Bombeiros orienta que nunca tente mexer nele e que chame imediatamente a concessionária de energia. Caso seja contato risco, os bombeiros também devem ser acionados”, explica o major Fábio, dos Bombeiros de Mato Grosso do Sul.

Segundo ele, têm aumentado os casos de acidentes desde o dia da tempestade e não só acidentes domésticos. “Temos registrado acidentes de motociclistas em bueiros sem tampa, também que batem em galhos”

Porém, devido à dimensão dos estragos, o tempo para que os serviços sejam realizados está bem maior que o usual. Para se ter uma ideia, ainda existem 183 árvores na fila para serem cortadas.

“Aconselhamos também que a pessoa contrate, se for urgente, empresas especializadas com profissionais experientes para que eles realizam o serviço de limpeza ou corte de árvores. Não dá pra colocar a vida em risco para fazer economia”.