No Dia do Professor, profissionais falam dos desafios diários e da paixão por ensinar

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Admiração, amor e desafios diários de ser professor. Neste 15 de outubro quando é lembrado e comemorado o dia deste profissional, o Conesul News conversou com duas mulheres que apesar das dificuldades enfrentadas nos dias atuais, continuam acreditando no futuro por meio da educação.

Michelli Facholi, de 38 anos, conta com emoção que ajudar o próximo sempre esteve presente desde a infância, por isso, acredita que ensinar é mostrar o caminho para os seus alunos.
Já Ranieli Fatima Salla Rigo, de 26, relata que na sua época de escola, tinha os professores como ídolos.

“Sempre gostei de ajudar, por isso, acredito que ser professora, além de ajudar os alunos a aprender os conteúdos, é trazer o significado dos conteúdos para aprender a resolver os problemas da vida e, ainda, ajudar a encontrar um caminho a seguir”, afirma ela Michelli, completando que “amo a profissão que escolhi, amo ser professora”.

Facholi atua em Ponta Porã na área da educação infantil, e citou à reportagem os desafios de ser professora entre eles, a desvalorização da categoria e o desrespeito.

“A área da educação sempre foi difícil, mas havia mais respeito ao profissional da educação. Atualmente, além da desvalorização profissional, o desrespeito é o principal fator que acaba com a alegria e a saúde do professor, e o pior é esse desrespeito tanto por parte dos estudantes e pais, quanto das outras classes profissionais e governo”, diz.

Mas ela conclui a entrevista falando da gratidão e satisfação ao reencontrar ex-alunos.

“Quando encontro um ex-aluno que me conta como foi importante, que o que ensinei o ajudou… me sinto realizada, e com a certeza de que cumpri minha missão de educar”, concluiu.
Professores como ídolos

Desrespeito e desvalorização por uma classe que deveria ser considerada a mais importante da sociedade, porque de fato é. Há anos, os alunos tinham o professor como mestre, como líderes fundamentais, não era diferente com a Ranieli Fatima, do início da reportagem.

Ela diz que “admirava meus professores, para mim eles eram os meus ídolos! No final do ensino médio resolvi fazer Ciências Biológicas, embora quisesse mesmo ser Bióloga e atuar na área de campo, mas como aqui na cidade não temos muitas opções optei por lecionar e não me arrependo nenhum pouco”, relata mencionando ainda as dificuldades que superou.

“No começo não foi nada fácil, pois entrar em uma sala com 40 alunos e atrair a atenção de todos não é para qualquer um, mas hoje em dia sou apaixonada pelo que faço, sempre busco alternativas para chamar a atenção dos meus alunos. E sempre falo que ser professor não é uma profissão, mas sim um Dom”, concluiu.