Bolsonaristas, parlamentares de MS seguem presidente e migram para o PL

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Nesta terça-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL (Partido Liberal). Com isso, parlamentares de Mato Grosso do Sul fiéis ao presidente já confirmam filiação à legenda.

Presente no evento de filiação de Bolsonaro, o deputado estadual Capitão Contar — atualmente no PSL — confirma a troca de partido. “Estou fechado com Bolsonaro e não abro”, disse em nota oficial.

Com a filiação do parlamentar, a bancada do PL na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) irá crescer. Atualmente, apenas o deputado João Henrique Catan integra a legenda na Casa.

Para Contar, “independente de espaço, tenho certeza que teremos voz” no PL. Também na Alems, o deputado Coronel David (sem partido), confirmou a filiação ao Partido Liberal.

“Estou aguardando uma conversa com ele para definir o destino do partido aqui no Estado”, disse. Sobre a bancada do PL na Alems, que deve ter três parlamentares com as mudanças, David disse que “sempre é bom ter uma bancada forte”.

Quem deve seguir o presidente também é o vereador de Campo Grande, Tiago Vargas — atual filiado do PSD. “Na primeira oportunidade estarei indo para o PL”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Segundo ele, se houver possibilidade de filiação, irá “acompanhar o presidente Bolsonaro e todas as pessoas que fazem parte deste grupo político do presidente”.

Na bancada federal, o deputado Luiz Ovando — também filiado ao PSL — ainda não tem certeza se muda de legenda. Ao Jornal Midiamax a assessoria do parlamentar informou que ele deve se reunir com Bolsonaro na próxima semana.

No entanto, antes de afirmar a mudança para o PL, o deputado “está alinhando também para ver a questão no Estado”. Independente da troca de legendas, o deputado “continuará fechado com Bolsonaro”, garantiu a assessoria.

“Casamento” de Bolsonaro e o PL

Presidente da República, Jair Bolsonaro, filia-se ao PL | ReproduçãoPresidente da República, Jair Bolsonaro, filia-se ao PL | Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro voltou oficialmente ao Centrão após ficar cerca de dois anos sem partido. Ele se filiou ao PL nesta 3ª feira (30.nov) e afirmou que “nenhum partido será esquecido” nas alianças para 2022.

Durante o discurso, Bolsonaro buscou a união entre aliados e ressaltou que as decisões políticas serão fruto de uma discussão entre filiados, não apenas dele e do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, condenado no Mensalão.

“Podem perceber que nenhum partido será esquecido por nós. Queremos sim compor coligação para senador, para governador. (…) O que queremos é cada vez mais ter menos diferenças entre nós. Quem ganha com isso é o Brasil”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda criticou os governos petistas e reforçou que foi ele quem conseguiu “fazer brotar o sentimento de patriotismo” nos brasileiros: “As cores verde e amarela (estão) predominando sobre o vermelho. Nós conseguimos fazer brotar o sentimento de patriotismo”.”

Em cerimônia realizada no dia do Evangélico, antes de discursar, Bolsonaro pediu que o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) fizesse uma oração em prol do evento. “Agradeço pela reunião e pela união”, foram algumas das declarações proferidas pelo parlamentar. Esteve também na solenidade o pastor Magno Malta.

Pautas prioritárias

Ao longo do discurso, Bolsonaro também disse estar otimista para a aprovação da indicação do nome de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF). A sabatina dele está marcada para esta 4ª feira (1º.dez) no Senado. “Espero que seja aprovado”, disse.

O senador Flávio Bolsonaro também se filiou ao partido no mesmo evento, além do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e citou a possibilidade de aliança com outros partidos. Em tom de agradecimento, citou o PSL – partido no qual Bolsonaro estava e foi eleito presidente – e criticou o PT.

“A pessoa que venceu o PT, após quatro derrotas consecutivas do PSDB, em eleições presidenciais. É a pessoa que, segundo pesquisas, perdiam para todos no 2º turno, mas venceu no PSL. Sem dinheiro, ajudou a fazer uma bancada de 52 deputados”, afirmou Flávio.

O outro filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também esteve na cerimônia de filiação. A jornalistas, indicou que se filiaria ao PL assim que fosse possível, uma vez que seu pai finalmente decidiu por qual legenda tentaria a reeleição.

O presidente Jair Bolsonaro está em um novo partido depois de dois anos sem uma casa. E como o próprio chefe do Executivo costuma comparar, ele agora está em um casamento. Ou como declarou nesta 3ª feira (30.nov), de “família” nova.