Velha guarda do MDB descarta disputar eleições municipais

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Conhecidos da população por eleições passadas, políticos antigos do MDB não devem concorrer em 2020 às eleições municipais. No sábado (28), o partido realizou a convenção municipal no diretório de Campo Grande e nomes como dos ex-vereadores Carla Stephanini, Vanderlei Cabeludo, do ex-deputado estadual Junior Mochi e do ex-senador Waldemir Moka estiveram presentes, além do líder maior do partido e ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.

Com a pretensão de lançar 58 candidatos a vereador na Capital e entre 40 e 45 candidatos a prefeitos no Estado, o partido não deve contar com nomes tradicional. A ex-vereadora Carla Stephanini foi convidada por Puccinelli para novamente concorrer a uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande, mas ainda não definiu se terá o nome nas urnas.

“Ainda estou em um processo de decisão. Ainda não me defini, mas de qualquer forma eu sou uma mulher que incentiva, até pela nossa representatividade partidária, trabalhamos o empoderamento das mulheres e empoderar as mulheres é dar a elas a voz política. Estamos vendo cada vez mais, inclusive do ponto de vista institucional do próprio TSE [Tribunal Superior Eleitoral], com as suas decisões no sentido de fortalecer a participação das mulheres nos partidos políticos, também garantindo o acesso ao fundo eleitoral. Mas com relação a minha candidatura eu ainda preciso fazer uma avaliação própria”, destacou.

Outro nome conhecido que deve ficar de fora das urnas é o de Vanderlei Cabeludo. Ele foi vereador por Campo Grande e ao participar da convenção do MDB disse ao Correio do Estado que não deve concorrer. Eleito em 2012, o emedebista ficou como suplente em 2016. “Eu não devo sair, ainda tenho que avaliar, mas não devo concorrer”, afirmou.

No pleito de 2012, o partido elegeu sete vereadores,  estava à frente da Prefeitura Municipal de Campo Grande por 16 anos consecutivos, sendo oito de Puccinelli e oito do atual senador Nelson Trad (agora PSD), e tentava se manter no Executivo com o ex-secretário de Obras do governo Puccinelli Edson Giroto. Foram eleitos Paulo Siufi, Edil Albuquerque, Jamal Salem, Grazielle Machado, Carla Stephanini, Mário Cesar e Vanderlei Cabeludo, porém, em 2016, sem candidatura própria ao Executivo, o partido conseguiu apenas dois vereadores eleitos, Dr. Loester e Wilson Sami.

Para 2022, ainda estão sendo feitas as escolhas da agremiação e há possibilidade que o ex-senador Waldemir Moka concorra ao Executivo municipal. O nome dele está sendo avaliado junto ao do deputado estadual Márcio Fernandes, do vereador Loester e da ex-candidata a vice-governadora Tânia Garib, porém, Moka destacou que não é uma vontade sua concorrer, está apenas à disposição do partido.

De acordo com o ex-senador, ele quer ajudar o partido em todo o Estado e, se disputar a prefeitura, não deve conseguir viajar para colaborar com outras campanhas.

Quem também não quer ser candidata a prefeita é Tânia Garib. Ela disse que  o partido deve incentivar mais a juventude para ter outros nomes disponíveis. Porém, durante a entrevista com o Correio do Estado, Tânia foi interrompida por Puccinelli dizendo que ela era pré-candidata sim. Garib foi secretária de Assistência Social enquanto André estava à frente do Executivo de Mato Grosso do Sul.

O próprio André Puccinelli não quer ser candidato a prefeito. Ele disse que vai ajudar o partido a fortalecer suas bases e pesquisas qualitativa e quantitativas serão feitas para definir o nome da agremiação em Campo Grande, contudo, o dele não será uma opção.