Servidores apresentaram mais de 60 mil atestados em 2018 na Capital; município quer novas perícias

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O secretário municipal de Finanças e Orçamento, Pedro Pedrossian Neto, disse, nesta quarta-feira (27),  durante a prestação de contas na Câmara Municipal, que o município deve os critérios para atender atestados médicos dos servidores municipais.

Segundo ele, em 2018, 60 mil atestados foram apresentados por servidores da Educação. O alto número chamou a atenção, inclusive do prefeito Marquinhos Trad (PSD), que pediu explicações. Além da Educação, servidores da Saúde também estariam na mesma situação.

“O absenteísmo é preocupante. Tivemos 60 mil atestados médicos na educação de um total de 7,3 mil professores de 20 horas. O prefeito está preocupado com isso, solicitou que a equipe desse resposta. Esse número é maior do que da iniciativa privada. Só que ainda não temos o resultado”, explicou.

Pedro Neto afirmou que o município publicou decreto, em 2018, em que pede novas perícias aos que estão afastados. “Esta reestruturação está sendo implementada e esperamos que seja feita nesse primeiro bimestre. Mas ela não pode ser feita de qualquer forma”.

Ele destacou que o processo precisa ser feito com muito cuidado. “No caso da Educação, nós temos 500 pessoas, são 500 professores que não estão na sala de aula. Mas isto não é simples e temos que tomar bastante cuidado. Não podemos cometer injustiças. Pode ser que o servidor esteja mesmo doente”.

Mesmo com cautela, o secretário afirma que, quando um professor pede readaptação, significa que é preciso contratar outro profissional para ficar no lugar dele. “Se olhar a folha de pagamento dos convocados, o valor chega a R$ 7 milhões”.

Outro ponto lembrando também é quanto à cedência de servidores municipais para outros órgãos. “Às vezes, essas cedências são feitas com ônus para a prefeitura. Mas em alguns casos, a gente estuda que seja feita a transferência com o ônus final para o destino”, finaliza.