Bancada de MS critica ‘toma lá, dá cá’ para aprovação da reforma da Previdência

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Embora ainda não aprovada por definitivo, resta pouco para a reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) virar lei. Na primeira etapa das votações, na Câmara dos Deputados, já deliberada com algumas modificações, o estágio inicial do projeto teria custado ao mandatário do país perto de R$ 3 bilhões, recursos liberados e destinados às emendas parlamentares indicadas por deputados federais que teriam resolvido concordar com a Previdência, mas condicionaram o sim pela proposta por recurso de emendas.

Dos oito deputados de Mato Grosso do Sul, apenas dois (Vander Loubet, do PT, e Dagoberto Nogueira, do PDT) votaram contra. E o restante (Tio Trutis e Dr. Ovando, ambos do PSL; Tereza Cristina, do DEM; Rose Modesto e Beto Pereira, do PSDB e Fábio Trad, do PSD) nega ter sido favorecido no pleito. Disse ter votado pela reforma por convicção.

Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo informou que, em dez dias, o governo Bolsonaro havia liberado R$ 2,7 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão em emendas individuais apresentadas por 550 deputados e ex-deputados federais.

Ainda de acordo com o jornal, parlamentares que apoiam o presidente, principalmente o PSL e os integrantes do chamado Centrão – PTB, PP, Solidariedade, PRB, PSD, MDB, PR, Podemos, Pros e Avante (DEM e o PSDB também podem ser incluídos nessa corrente), foram os que mais tiveram emendas franqueadas.

Emendas parlamentares, meio de os políticos arrecadarem dinheiro que custeiem obras em seus redutos eleitores, podem ser indicadas de maneira individual, ou juntas, por bancada. Ou seja, a verba é destinada, por exemplo, para construir uma praça ou um posto de saúde em áreas que o deputado desejar, normalmente em locais onde recebeu mais votos nas eleições.